top of page
Buscar

Tributação de Investimentos: como impostos impactam sua rentabilidade real

  • Foto do escritor: Roberto Nobre
    Roberto Nobre
  • 20 de out.
  • 3 min de leitura

Investir é uma das formas mais eficazes de proteger e expandir o patrimônio. Mas há um ponto que, muitas vezes, passa despercebido: a tributação de investimentos.


Compreender como cada investimento é tributado é essencial para planejar o futuro financeiro com segurança, afinal, não é a rentabilidade bruta que importa, e sim o que sobra no bolso após os impostos. Neste artigo, abordamos exemplos práticos para te ajudar a entender onde melhor aplicar seu dinheiro.



Renda fixa: quanto mais tempo, menos imposto


Nos títulos de renda fixa — como CDB, LCI, LCA e Tesouro Direto — o Imposto de

Renda segue a tabela regressiva:


  • 22,5% para investimentos de até 180 dias;

  • 20% para prazos de 181 a 360 dias;

  • 17,5% para 361 a 720 dias;

  • 15% para prazos acima de 720 dias.


Exemplo prático:

Se você aplicar R$ 100 mil em um CDB com rendimento de 10% ao ano por 6 meses, terá um ganho bruto de R$ 5 mil. Com a alíquota de 22,5%, o imposto será de R$ 1.125. O resultado líquido cai para R$ 3.875.

Já se o mesmo valor ficar aplicado por 2 anos, a alíquota cai para 15% e o ganho líquido sobe. O tempo é aliado na renda fixa.



Ações: isenção até certo limite


No mercado de ações, a tributação funciona de forma diferente. Lucros obtidos em vendas de até R$ 20 mil por mês são isentos de IR. Acima desse valor, aplica-se uma alíquota de 15% sobre o ganho líquido. Já nas operações de day trade, a alíquota é de 20% sempre.


Exemplo prático:

Um investidor vendeu R$ 15 mil em ações em um mês e obteve lucro. Esse valor é isento de IR. Se, no mês seguinte, vender R$ 30 mil e tiver um lucro líquido de R$ 5 mil, pagará 15% de imposto, ou seja, R$ 750. A isenção até R$ 20 mil mensais pode ser estratégica para pequenos investidores, mas exige atenção ao limite.


ebook nobre mais recuperação de tributos


Fundos de investimento: diferentes regras, mais complexidade


Nos fundos, a tributação varia conforme a categoria.

  • Fundos de ações: tributação única de 15% sobre o ganho de capital.

  • Fundos de renda fixa e multimercado: seguem a tabela regressiva da renda fixa, mas com um diferencial: o “come-cotas”.


O come-cotas é a antecipação semestral do IR. Ele reduz automaticamente as cotas do investidor em maio e novembro, mesmo que o resgate não seja feito.


Exemplo prático:

Em um fundo multimercado, mesmo que você não resgate seus recursos, o imposto será retido semestralmente. Isso reduz a base de capital que continua rendendo, o que pode afetar o resultado ao longo do tempo.


Comparando investimentos: o efeito da tributação


Imagine dois investidores:

  • O primeiro aplica R$ 100 mil em um fundo multimercado, que rende 10% ao ano.

  • O segundo investe R$ 100 mil em um fundo de ações, também com rendimento de 10% ao ano.


Após 5 anos, o efeito da tributação será diferente:


  • No fundo multimercado, o investidor pagará come-cotas semestrais e a alíquota regressiva.

  • No fundo de ações, a tributação é fixa de 15% no resgate.


O resultado líquido pode variar em milhares de reais, mostrando que a escolha do investimento precisa considerar não só a rentabilidade esperada, mas também o impacto tributário.



Rentabilidade líquida é o que importa, mas esteja sempre atento a tributação dos investimentos


A tributação pode parecer apenas um detalhe, mas é ela que define se um investimento realmente cumpre seu papel no planejamento patrimonial.

Entender as regras, os prazos e os efeitos de cada regime fiscal é essencial para tomar decisões conscientes.


Na Nobre+, ajudamos clientes a enxergar além da rentabilidade bruta. Nosso trabalho é integrar tributação, liquidez e planejamento patrimonial para que os investimentos rendam mais e com segurança no longo prazo.

 
 

Inscreva-se em nossa newsletter

Receba conteúdos que possam impactar o seu financeiro

Obrigado!

bottom of page