Simples Nacional Híbrido: o que muda com a Reforma Tributária?
- Roberto Nobre
- há 13 horas
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A Reforma Tributária introduz uma novidade importante para as micro e pequenas empresas: o Simples Nacional Híbrido. Esse novo modelo permitirá que os negócios enquadrados no Simples Nacional escolham entre dois regimes de tributação, com regras distintas que podem influenciar diretamente a carga tributária e a competitividade no mercado.
Com a possibilidade de manter o sistema atual ou aderir à nova sistemática de débito e crédito de impostos, os empresários precisam entender como funciona cada opção para tomar a melhor decisão.
Mas qual a melhor opção para sua empresa? Neste artigo, você vai entender o que muda com o Simples Nacional Híbrido, as diferenças entre os regimes disponíveis e como fazer a escolha certa para o seu negócio.
O que muda com o Simples Nacional Híbrido?
O Simples Nacional sempre foi a escolha preferida das micro e pequenas empresas devido à sua simplicidade no pagamento de tributos. Atualmente, os impostos federais, estaduais e municipais são unificados em uma única guia de pagamento, o DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional).
A Reforma Tributária altera esse modelo ao permitir que as empresas optem entre manter o sistema atual ou adotar a nova modalidade híbrida.
O regime tradicional continuará funcionando da mesma maneira, garantindo praticidade na arrecadação, mas sem direito ao uso de créditos tributários. Já a versão híbrida separará os impostos federais (CBS) dos estaduais e municipais (IBS), permitindo a compensação de tributos pagos ao longo da cadeia produtiva.
Essa mudança pode representar vantagens para algumas empresas, mas também exige uma análise detalhada para evitar impactos negativos na carga tributária e no fluxo de caixa.
Como funcionará o Simples Nacional Híbrido na prática?
A partir da regulamentação da Reforma Tributária, micro e pequenas empresas terão a possibilidade de escolher entre dois regimes de tributação.
Simples Nacional Tradicional No regime atual, todos os tributos são recolhidos em uma única guia, o DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional). Esse formato simplificado continuará disponível, sendo vantajoso para empresas que vendem diretamente ao consumidor final (pessoas físicas), pois simplifica a gestão tributária.
Simples Nacional Híbrido A grande novidade da reforma tributária é a possibilidade de as empresas do Simples Nacional optarem pelo regime híbrido, no qual os tributos CBS (federal) e IBS (estadual e municipal) serão recolhidos separadamente. Essa opção permite que as empresas utilizem créditos tributários, ou seja, deduzam os impostos já pagos em etapas anteriores da cadeia produtiva.
Na prática, essa mudança beneficia empresas que vendem para outras empresas (B2B), pois seus clientes poderão se creditar dos tributos pagos, reduzindo custos e aumentando a competitividade do negócio.
A principal diferença entre os dois modelos está na forma como os impostos são cobrados. No regime tradicional, os tributos são calculados sobre o faturamento total da empresa e pagos de maneira consolidada, sem possibilidade de compensação. No híbrido, os valores dos impostos são destacados nas notas fiscais e pagos separadamente, permitindo a dedução de tributos recolhidos anteriormente.
Qual regime escolher para sua empresa?
Para as micro e pequenas empresas, a escolha entre o Simples Nacional Tradicional e o Simples Nacional Híbrido exige uma análise estratégica. Cada modelo apresenta vantagens e desafios que podem impactar a lucratividade e a competitividade do negócio.
1. Avalie seu perfil de clientes
Se a maior parte das vendas for para pessoas físicas, o modelo tradicional pode ser mais vantajoso, pois mantém a simplicidade na apuração dos tributos.
Se a empresa atende principalmente outras empresas (B2B), o Simples Híbrido pode ser a melhor escolha, já que permite o aproveitamento de créditos tributários, reduzindo o custo fiscal da operação.
2. Considere o impacto no fluxo de caixa
No modelo híbrido, os tributos CBS e IBS serão cobrados "por fora", ou seja, o valor do imposto será destacado nas notas fiscais. Isso pode afetar a precificação dos produtos e serviços, exigindo um planejamento financeiro mais rigoroso.
3. Planeje a adaptação contábil
A adoção do Simples Nacional Híbrido pode exigir ajustes na contabilidade e no sistema de faturamento da empresa, pois será necessário calcular e gerir créditos tributários. Empresas que não possuem uma assessoria contábil estruturada podem enfrentar dificuldades na transição.
A escolha do regime mais adequado deve ser feita com base em uma análise tributária detalhada. Empresas que não possuem uma estrutura contábil organizada podem enfrentar dificuldades na adaptação, o que reforça a importância de um planejamento tributário cuidadoso antes da mudança.
Planejamento Tributário é fundamental para a escolha certa
A implementação do Simples Nacional Híbrido traz oportunidades para micro e pequenas empresas, mas exige uma análise estratégica para garantir que a escolha entre os regimes leve em consideração o perfil dos clientes, o impacto financeiro e a capacidade de gestão tributária.
Empresas que atendem outras empresas (B2B) podem se beneficiar do novo modelo, aproveitando créditos tributários e reduzindo custos. Já aquelas que vendem para consumidores finais (B2C) podem continuar no Simples Nacional tradicional para manter a simplicidade no pagamento de impostos.
Diante dessas mudanças, contar com uma consultoria tributária especializada pode fazer toda a diferença. A Nobre+ está pronta para auxiliar sua empresa na avaliação das mudanças trazidas pela Reforma Tributária e na definição do regime mais vantajoso para seu negócio.
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