Sem planejamento fiscal, sem lucro sustentável: como transformar essa realidade com estratégia
- Marcio Nóbre
- 15 de out.
- 4 min de leitura
A pesquisa Panorama Fiscal e Financeiro 2025, realizada pela Qive em parceria com a Endeavor e a SoluCX, revela um retrato claro e mostra onde muitas empresas ainda estão vulneráveis: áreas fiscal e financeira pouco maduras, alta dependência de processos manuais, baixo uso de indicadores estratégicos (KPIs) e resistência à adoção de inovações como inteligência artificial. Boa parte das empresas ainda está operando em um modelo reativo, distante de uma abordagem estratégica, especialmente nas áreas fiscal, contábil e financeira. Esses fatores não são apenas “boas práticas”, eles viram diferenças tangíveis no caixa, na eficiência e no risco de autuação.
Na Nobre+, vemos diariamente os impactos da ausência de um planejamento integrado e da falta de visão crítica sobre processos tributários e contábeis. Não se trata apenas de cumprir obrigações, mas de compreender quais escolhas estão sendo feitas, quais riscos estão sendo assumidos e quais oportunidades estão sendo ignoradas. Por isso, trouxemos este artigo, para alertar e dar soluções viáveis para que as empresas avancem de forma sustentável.
O estudo da Qive e risco invisível da falta de visão integrada e de planejamento fiscal
Quase metade das empresas (47%) se define como excessivamente operacional e pouco estratégica. Isso significa que, em vez de atuarem com visão de futuro, baseadas em dados e alinhadas a um planejamento consistente, muitas organizações continuam presas à rotina de cumprimento de obrigações, sem analisar se essas obrigações estão sendo cumpridas da melhor forma. Ainda mais grave: 21% das empresas admitem não ter controle, segurança ou conhecimento adequado sobre suas atividades fiscais. Isso abre margem para erros, passivos ocultos e decisões tomadas no escuro, sem embasamento técnico ou legal.
Os reflexos disso vão muito além do departamento fiscal. Eles comprometem diretamente a lucratividade, a competitividade e até a sustentabilidade do negócio. Quando a área financeira atua de forma desconectada dos dados contábeis e tributários, decisões equivocadas se acumulam: desde a escolha do regime tributário inadequado até o pagamento de tributos que poderiam ser compensados ou evitados legalmente.
O levantamento revela ainda os principais desafios enfrentados pelas empresas nessas áreas:
51% citam as tarefas manuais e a produtividade como os maiores obstáculos;
39% buscam a redução do tempo operacional;
35% sofrem com a falta de previsibilidade;
31% ainda não aplicam Inteligência Artificial ou automações no dia a dia.
Essa realidade revela uma estrutura frágil, onde 33% das empresas reconhecem que a principal oportunidade está na evolução de processos, mas permanecem atuando de forma fragmentada. Ou seja, os setores não se comunicam, os dados não são integrados e as decisões continuam sendo tomadas com base em suposições, ou simplesmente por inércia.
As consequências aparecem em forma de falhas recorrentes:
Escolha inadequada do regime tributário
Não aproveitamento de créditos fiscais disponíveis
Recolhimento indevido de tributos em regimes como o monofásico
Insegurança no aproveitamento de prejuízos fiscais acumulados
Ausência de estrutura para responder fiscalizações ou processos eletrônicos (como o Domicílio Judicial Eletrônico)
E o custo de tudo isso é alto, silencioso, mas expressivo: 54% das empresas acreditam que até 10% do seu faturamento esteja comprometido com multas fiscais.
Na Nobre+, lidamos diariamente com empresas que chegam até nós em meio ao caos gerado por esse cenário. O que oferecemos é um novo ponto de partida: diagnóstico profundo, escuta estratégica, integração entre áreas e uma proposta de planejamento que considera a realidade do cliente, a legislação vigente e as melhores práticas de mercado.
Quando a gestão tributária deixa de ser um departamento isolado e passa a fazer parte do coração da estratégia, o impacto é direto nos resultados, e no futuro do negócio.
Reforma Tributária e o papel da antecipação
Não é novidade que o Brasil tem um dos sistemas fiscais mais complexos, e isso se reflete nos números. A pesquisa da Qive revela que 69% das empresas consideram que a mudança e complexidade das leis fiscais são os maiores desafios enfrentados pela área fiscal. Entretanto, apenas 50% delas fazem planejamento fiscal, a outra metade, mesmo com as queixas, ainda continua operando no escuro. O resultado é um só, 43% das empresas já receberam multas fiscais.

Fonte: Qive
O planejamento tributário e fiscal é de suma importância para reverter esse cenário, principalmente com as mudanças advindas da Reforma Tributária que já vão começar a ser testadas em 2026 e efetivamente implementadas em 2027.
E a preocupação reflete no movimento que as empresas têm feito para se adaptar e planejar, já que 64% delas querem investir em treinamentos e 47% vão contratar consultorias especializadas para enfrentar todas essas mudanças da Reforma Tributária. A transição para o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) exige mais do que adaptação técnica, ela pede planejamento estratégico, revisão contratual e reestruturação operacional.
Esse é um dos focos do trabalho da Nobre+. Atuamos como parceiros das empresas nesse momento adverso e de transição, ajudando a mitigar riscos e identificar oportunidades, inclusive em áreas como gestão de créditos acumulados, revisão de contratos com fornecedores, redesenho do fluxo de caixa e precificação e análise de impacto setorial.
Os dados não mentem
A maior armadilha de uma empresa em crescimento é acreditar que o modelo que funcionou no início continuará sendo suficiente. Os dados da Qive mostram que muitas organizações seguem com práticas desatualizadas, pouco integradas e sem visão estratégica, e isso custa caro. Tudo isso é um alerta, mas também um convite à ação. Se sua empresa ainda está operando no modo reativo, sem planejamento e com processos frágeis, este é o momento de virar a chave.
Estamos aqui para apoiar essa transição. Com uma abordagem técnica, humana e estratégica, ajudamos empresas a se prepararem para o futuro, corrigirem o presente e aproveitarem o que a legislação permite de forma responsável.
Está na hora de revisar sua estratégia fiscal, contábil e patrimonial?
Fale com a Nobre+. Vamos analisar o seu cenário e mostrar caminhos que geram valor real.



