Case Nobre Mais | Planejamento Sucessório: como economizar milhões e proteger o futuro
- Victor Braga

- 9 de set.
- 3 min de leitura
Quando se fala em sucessão patrimonial, a primeira ideia que vem à mente é o inventário. Mas essa escolha pode custar milhões. Um case recente da Nobre+ mostra como o planejamento sucessório é capaz de gerar economia de quase 80%, além de oferecer muito mais segurança para o patrimônio familiar.
O caso: 14 imóveis, R$ 51 milhões em patrimônio
Nosso cliente possuía 14 imóveis, totalizando R$ 51,2 milhões em valor de mercado. Simulamos três cenários: inventário, doação e planejamento sucessório via holding.
Inventário
O inventário é o procedimento legal necessário para identificar, avaliar e transferir os bens, direitos e dívidas de uma pessoa falecida aos seus herdeiros. Ele pode ser feito de forma judicial ou extrajudicial, dependendo da situação — e é um processo que, muitas vezes, leva meses (ou anos), além de envolver custos com tributos como o ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação), honorários advocatícios e taxas cartorárias.
Além do aspecto burocrático, o inventário costuma gerar paralisações patrimoniais — imóveis que não podem ser vendidos, contas bancárias bloqueadas e empresas que ficam sem diretriz societária.
No caso do nosso cliente, o custo realizando o inventário seria de aproximadamente R$ 5,3 milhões — cerca de 11,8% do patrimônio.
Apenas o ITCMD representaria mais de R$ 2 milhões.
Doação em vida
A doação é uma forma de transferência de patrimônio feita ainda em vida, de forma gratuita e legal, podendo ser total ou parcial. É um instrumento muito utilizado em planejamentos patrimoniais e sucessórios, principalmente quando o objetivo é organizar a herança e evitar conflitos no futuro.
Embora pareça simples, a doação precisa ser feita com orientação jurídica e contábil para não gerar desequilíbrios financeiros, perda de controle patrimonial ou até questionamentos futuros por outros herdeiros. Quando bem estruturada, ela pode ser uma forma eficiente de transmitir bens, manter a gestão centralizada e reduzir a complexidade do inventário.
Com o nosso cliente, o custo cairia para R$ 2,2 milhões, mas ainda estava longe de ser a solução mais eficiente.
Planejamento sucessório via holding
O planejamento sucessório é o conjunto de estratégias jurídicas, contábeis e patrimoniais adotadas para garantir que a transferência de bens ocorra de forma segura, econômica e conforme a vontade do titular. Ele pode envolver a criação de holdings familiares, doações com reserva de usufruto, testamentos, acordos entre sócios e definição de governança familiar — tudo com o objetivo de preservar o patrimônio e evitar disputas.
Além de reduzir os custos e a burocracia do inventário tradicional, o planejamento sucessório permite organizar a sucessão de forma personalizada, antecipando decisões que, muitas vezes, são deixadas para momentos de fragilidade. Empresas familiares, por exemplo, se beneficiam ao definir regras de gestão e participação dos herdeiros ainda em vida, o que garante continuidade e estabilidade ao negócio.
Agora sim, com o nosso cliente, conseguimos um custo muito mais baixo, caindo para R$ 1,1 milhão — apenas 2,6% do patrimônio. A economia em relação ao inventário foi de 78,03%.

O fator decisivo: ITCMD
A grande diferença está no Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD). No inventário, a base de cálculo é o valor de mercado dos bens.

Já no planejamento via holding, é possível utilizar o valor declarado no IR no momento da integralização. Isso reduziu o ITCMD de R$ 2,04 milhões para R$ 840 mil, uma economia de 58,9% apenas nesse tributo.

O impacto da Reforma Tributária
Essa estratégia pode estar com os dias contados.
A proposta da Reforma Tributária prevê:
Base de cálculo do ITCMD pelo valor de mercado, inclusive em integralizações;
Alíquotas progressivas, que aumentam conforme o valor do patrimônio.
Isso significa que, se o cliente deixasse para agir no próximo ano, a estratégia seria inviabilizada e os custos poderiam dobrar.
Por que agir agora e realizar um planejamento sucessório?
Já abordamos outras vezes, em nosso blog, os benefícios de realizar um planejamento sucessório. Ele não é apenas uma forma de reduzir custos. Ele garante segurança jurídica, previsibilidade e proteção patrimonial. Em tempos de mudanças legislativas, antecipar esse processo é transformar uma ameaça em oportunidade.
Na Nobre+, conduzimos esse trabalho com clareza, técnica e visão estratégica, sempre com foco em equidade tributária e patrimonial.


